Fonte: InformaMídia
“De forma geral, o mercado compreendeu a importância do investimento em tecnologia. Neste aspecto, setores como telecomunicações, seguradoras e varejo são exemplos práticos da utilização da tecnologia no dia a dia, digitalizando suas operações para garantir maior eficiência na prestação de serviços, expansão, desempenho e competitividade”.
João Pires, executivo de vendas SPS Group
Os avanços da transformação digital têm levado cada vez mais empresas a aderirem ao uso da digitalização. Como prova disso, de acordo com um estudo da IDC, o Brasil registrou, só em 2022, um crescimento de 12,9% nos gastos com TI. Os dados apontam o amplo entendimento da atual realidade vivida pelas organizações e evidenciam aquilo que sempre é destacado: este é um caminho sem volta.
De forma geral, o mercado compreendeu a importância do investimento em tecnologia. Neste aspecto, setores como telecomunicações, seguradoras e varejo são exemplos práticos da utilização da tecnologia no dia a dia, digitalizando suas operações para garantir maior eficiência na prestação de serviços, expansão, desempenho e competitividade. Tendo em vista esse cenário, o relatório ainda estima que os investimentos em TI atinjam 27,4 bilhões de dólares até 2026.
Mesmo diante de uma realidade que aponta para uma só direção, esse entendimento não é algo aplicado por todas as companhias. Um exemplo disso acontece no segmento de construção civil e nas PMEs. Isso é, mesmo sendo setores que possuem alta representatividade na economia do país, diversas empresas que atuam nessas vertentes, continuam executando seus processos de forma manual, elevando a complexidade na realização de tarefas.
A principal causa para isso é, justamente, o fato que mesmo sendo clara a importância e espaço que a tecnologia vem ocupando, temos enraizada uma cultura no nosso país de olhar para esses recursos como commodities – priorizando o custo e não o investimento. Além disso, a resistência à mudança é outro fator que contribui para esse impasse, uma vez que foi criada a ideia de que a digitalização pode ser algo traumático.
Certamente, o processo de digitalizar as operações de uma organização não acontece do dia para a noite. E, à medida que surgem novas tecnologias e tendências, como IA generativa, IOT (Internet das coisas), Big Data, computação ubíqua, entre outras, é crucial que a execução do projeto acompanhe tais aspectos. Por sua vez, para que a empresa possa, de fato, entrar na era da digitalização, é fundamental que seja estabelecida uma ampla comunicação, envolvendo desde os colaboradores até a alta gestão, a fim de assegurar maior assertividade e integração entre as áreas nas tomadas de decisão.
Além disso, é importante destacar que de nada adianta investir no uso de alta tecnologia e ferramentas sem que haja conhecimento para utilizá-las de forma correta. Deste modo, é crucial que as organizações invistam na capacitação técnica do time, visando contribuir para o desempenho profissional e operacional, garantir maior usabilidade dos recursos investidos, e favorecer as relações e clima organizacional.
No entanto, para que a digitalização agregue de forma integral para o sucesso e ganho da empresa, é essencial que a sua cultura organizacional atue em prol dessa abordagem. Afinal, é a partir desse direcionamento que a organização poderá traçar um plano para a captação e investimento de recursos financeiros, que irão auxiliar durante toda essa jornada.
Quando falamos dos resultados que a digitalização pode agregar à companhia, como maior eficiência, controle operacional, competitividade e, sobretudo, segurança, os olhos de todo gestor brilham. Não à toa, outro estudo feito pela IDC Brasil, juntamente com o Google Cloud, apontou que para 48% dos participantes, os CEOS são os principais apoiadores dessas iniciativas nas empresas.
Deste modo, é certo afirmar que o investimento em digitalização permanecerá como uma forte tendência nos próximos anos, o que eleva a necessidade daqueles que ainda não se adaptaram, buscarem o quanto antes reverter esse cenário. Por isso, é fundamental que as organizações desde já comecem a reavaliar seus processos, identificando pontos que precisam de melhoria, para assim, obterem o direcionamento correto na hora de escolher a opção que venha ao encontro de suas necessidades e demandas.
Ainda segundo a pesquisa, até 2027, entre 26% e 49% da receita das organizações será proveniente de produtos e serviços digitais. E, considerando que estamos nos aproximando de 2024, esse é o momento de as empresas reavaliarem suas estratégias, estando abertas para a era da digitalização. Afinal, diferente do que se imagina, o segredo da tecnologia não está em saber resolver fórmulas mágicas, mas em estar preparado.
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Do autor: João Pires é executivo de Vendas da SPS Group. Formado em Marketing e Gestão Comercial pela UMESP, possui mais de 15 anos de experiência em vendas complexas, apresentando soluções das mais avançadas tecnológicas para organizações de todos os setores da economia. Localizada em São José dos Campos (SP), a SPS Group atua há 10 anos no mercado ERP, desenvolvendo tecnologias e soluções inteligentes de gestão empresarial.