Empreendedorismo, Tecnologia

Gestão de crises: estratégias para sua empresa superar o COVID-19.

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SPS Grop

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Diante de um cenário crítico e incerto, algumas certezas emergem na nossa comunidade e, talvez, a principal certeza que temos é: essa maré vai passar.

Agora, você já pensou: “Como estará a sua empresa passada a fase crítica de contaminação pelo coronavírus?”

A cada oportunidade que temos de nos conectar com os noticiários, notamos a ocorrência de reduções drásticas nos deslocamentos pela cidade e a grande tendência é que, nos próximos dias, esses deslocamentos aproximem-se de zero. E então o grande questionamento que fica é: sem pessoas circulando pela cidade, como ficarão os negócios que dependem completamente desse fluxo para se manterem estáveis e ativos?

Para entender quais seriam as respostas possíveis para essa questão, temos que partir do entendimento de que esse cenário tem como principal base o efeito dominó que inevitavelmente geram consequências, como as pessoas ficarem em isolamento e pararem de circular pelas ruas e isso gera três problemas centrais:

  • Os hábitos e prioridades de consumo são drasticamente alterados;
  • O dinheiro circula com velocidade muito menor na economia;
  • As empresas menos preparadas para situações críticas se veem obrigadas a demitir funcionários e fechar as portas.

Isso acontece porque com menos pessoas empregadas e menos dinheiro circulando no mercado, o caixa das empresas mais bem preparadas sofre fortes abalos e a consequentemente quebras estruturais e ondas de demissões se tornam generalizada. Pois sabemos que com a redução das vendas existe a redução da produção e com a redução da produção as indústrias são forçadas a reduzir suas operações e demitir mais pessoas.

De acordo com dados do Sebrae, as Micro e Pequenas Empresas têm 27% de participação na formação do Produto Interno Bruto nacional e respondem por 52% dos empregos com carteira assinada. E entendendo que as MPEs são representadas como grupo empresarial mais frágil diante de um cenário de crise, então podemos projetar a dimensão do problema caso ações emergenciais não sejam tomadas. Ações emergenciais que precisarão ser tomadas para conter as crises.

Plano de ação

Se você atualmente lidera uma pequena ou média empresa, sua prioridade máxima no momento deve ser manter a sua família e os seus funcionários em segurança. Em segundo plano, emerge a questão: “o que poderá acontecer com a minha empresa nos próximos dias”?

Sabemos que empresa e empresário tendem a formar uma figura só sobretudo em Micros e Pequenas Empresas. Então para apoiar a mitigação de riscos dentro do cenário catastrófico que se aproxima, desenvolvemos uma série de ações capazes de ajudar empresas na busca pela sobrevivência dos seus negócios no curto e médio prazo.

As ações podem divididas em duas vertentes:

  • Olhar para dentro da empresa: Trabalhar custos, processos, pessoas, relacionamento e cultura;
  • Olhar para fora da empresa: Buscar o fortalecimento das atuais fontes de receita, bem como, explorar novas fontes e novos canais de comunicação.

Olhar para dentro da empresa.

– Disseminação de conhecimento e boas práticas de higiene e saúde.

Seja o líder e criador da clareza e da segurança para seus colaboradores. Não minimize notícias, não compartilhe dados não validados (as já conhecidas e prejudiciais fake news) e ajude-os a compreender a gravidade real da nova dinâmica mundial.

Em momentos de crise é difícil encontrar clareza, principalmente quando as informações disponíveis estão em constante mudança. A confusão de entendimento é normal nessa fase de compreensão e de crescimento exponencial do problema.

Coloque-se na liderança da situação e seja o ponto de confiança entre sua empresa e seus colaboradores.

– Fortalecer parcerias, buscar novos fornecedores e renegociar contratos, preços e condições de pagamento com os atuais.

Uma boa alternativa para lidarmos com o atual cenário de crise é aproveitar uma virtual disponibilidade de tempo das pessoas para retomar e reestruturar potenciais parcerias.

  • Sabe aquele empresário que você sempre quis entrar em contato, mas nunca conseguiu?
  • Sabe aquela pessoa que você mandou uma mensagem e ela nunca te respondeu?
  • Você se lembra de algum negócio que tentou fechar e, no entanto, sua expectativa foi frustrada?

Pois, agora, e um ótimo momento pra retomar todos esses contatos! Em geral, as pessoas estarão em suas casas buscando alternativas de lidar com a crise e praticamente o dia todo conectadas aos meios de comunicação e redes sociais. Que tal retomar uma conversa e buscar construir uma nova parceria?

Sabemos que é difícil, aplicar e obter êxito em certas ações, mas não podemos dispensar parcerias e oportunidades que constroem ganham para todos envolvidos. Então precisamos, justamente, olhar e ponderar em ações rápidas para esse tipo de oportunidade na qual todas as partes envolvidas podem obter vantagens.

Além disso, existe um elevado potencial em trabalhar o relacionamento com seus atuais fornecedores e buscar, ao menos, uma flexibilização na forma de pagamento que possa ser oferecida ao seu cliente.

Todos estamos, juntos, atravessando esse momento de crise e, portanto, juntos, certamente, seremos mais fortes.

– Reavaliar o fechamento de novos contratos.

A economia precisa continuar girando para que possamos superar com méritos esse momento de crise. No entanto, é fundamental reavaliar criteriosamente cada um dos novos contratos e verificar se esse é o momento exato para um novo pacto.

Mitigar riscos é priorizar ações. Precisamos manter a economia girando, mas, no entanto, precisamos avançar com cautela, pois o pior cenário seria a necessidade de desligar colaboradores e encerrar as atividades da empresa.

– Adotar novos procedimentos de controle da manifestação.

Algumas empresas não conseguirão atender às orientações de isolamento social e alguns heróis precisarão estar à frente do campo de batalha. O país entraria em colapso sem os profissionais da saúde, policiais, farmacêuticos, motoboys, porteiros, atendentes dos supermercados e tantos outros.

Faça uma análise crítica de cada um dos processos da sua empresa e agregar a eles o máximo de segurança possível no sentido de evitar a proliferação do vírus. Agir com cautela, proteção e atenção elevada vai certamente nos ajudar a passar por essa fase o mais rápido possível.

– Adotar novo procedimento de atendimento ao cliente.

Que tal demonstrar ao seu cliente toda a preocupação que você está tendo em relação à preservação da saúde dele e dos seus colaboradores?

Um novo procedimento de atendimento pode ser essencial para que, nesse momento, o cliente não deixe de frequentar seu estabelecimento.

Quando aplicável, permita apenas um cliente por vez no seu estabelecimento, evite contato, organize filas com distância de 1,5 metro entre pessoas, higienize a loja, higienize os mostruários e incentive a prática de retirar pedidos para viagem.

– Realocar pessoas como forma de absorver as novas demandas.

É provável que alguns dos seus colaboradores fiquem ociosos nos próximos dias e é provável que novas demandas surjam a partir do momento que sua empresa começa a se adequar e compreender melhor o cenário de crise.

Você é o maestro desse time e o time sabe da importância da sobrevivência do seu negócio. Sua empresa é a ferramenta de realização dos seus sonhos e também dos seus colaboradores. Como mencionei anteriormente, o momento é de união. Procure construir um time coeso que jogue no ataque, com foco em garantir que daqui um tempo, por exemplo daqui 5 meses, todos esses sonhos voltem a ser realidade.

Peça apoio dos seus colaboradores para a execução de novas tarefas e que estejam sempre alinhados em condutas e metas que irão garantir a sobrevivência da empresa no curto prazo. Transparência e união em prol de um futuro estável para todos.

– Valorizar e incentivar o trabalho remoto.

Muitas empresas já identificaram e estão incentivando o trabalho remoto como forma de reduzir o contato social entre as pessoas. Senão todos, é fundamental que a empresa incentive essa prática sempre que possível. Se tem algo que sabemos nesse momento é que o isolamento social é ferramenta fundamental de contingência.

Trabalho remoto não é férias e não é trabalho de pijama. Existem técnicas e boas práticas que fazem com que o trabalho em casa seja tão produtivo quanto (ou mais produtivo que) o trabalho no escritório.

Busque o máximo de proximidade possível mesmo em condições de isolamento. Reuniões diárias no começo e final da jornada de trabalho podem ser um ótimo aliado daquele que preza pela produtividade do time remoto.

– Capacitação dos colaboradores.

Atualmente temos dezenas de milhares de cursos online oferecidos pelas melhores e mais reconhecidas instituições de ensino do mundo, muitas vezes gratuitos, e sempre ao alcance de nossas mãos.

A última ação é endereçada à capacitação continuada dos sócios e colaboradores como forma de aproveitar o momento de crise e se preparar para, em breve, voltar para o campo de batalha com força total.

Mapeie cursos que sejam do interesse da companhia e proponha aos seus colaboradores que estes sejam realizados durante (ou depois) da jornada de trabalho. Além disso, você também pode incentivar seu colaborador a fazer cursos “mais genéricos” que eles sempre tiveram interesse em fazer mas nunca tiveram tempo disponível.

Cursos de gestão, administração, marketing digital, produção de conteúdo, design gráfico, programação, inglês, japonês podem trazer transformações para a realidade emergente do seu negócio.

– Investimento em marketing.

Uma vez que grande parte das pessoas está isolada do convívio social e passa a maior parte do seu dia sem sair de casa, quase que como consequência, o acesso e permanência nas redes sociais cresce exponencialmente.

Aproveite a disponibilidade das pessoas e aumentar (com moderação) seus investimentos em marketing e, principalmente, no impulsionamento de anúncios em mídias sociais.

Aproveite para ser conhecido e reconhecido, entregue valor para o seu cliente, gere relacionamento e, se possível, incentive o consumo oferecendo flexibilidade no pagamento e descontos.

Um adendo importante: Como forma de otimizar recursos, invista na divulgação de produtos que representam uma maior margem de lucro para a sua empresa e que são desejados pelos consumidores e acompanhe consistentemente se os investimentos realizados em ações de marketing estão efetivamente se convertendo em vendas.

– Antecipação de vendas.

Uma forma interessante de manter seu cliente por perto (mesmo à distância) é uma tentativa de antecipação das vendas.

Cinemas e teatros não irão funcionar por algum tempo e, ao mesmo tempo, as pessoas estão completamente cientes da importância de apoiar a sobrevivência desses negócios.

Que tal então antecipar as suas vendas?

Ofereça um vale-compra ou um vale-presente para o cliente e, assim, viabilize uma forma de geração de caixa nesse momento com entrega do produto assim que a crise passar.

– Descontos e flexibilização do pagamento.

São oportunidades de fortalecimento das parcerias, seja através da redução de preço, seja através da flexibilização do pagamento. Como forma de incentivar que o cliente continue comprando seu produto ou serviço, a sugestão é que você transfira para o cliente toda vantagem que conquistar na reconstrução das suas parcerias.

Apresente para o cliente uma grande vantagem que o incentive a comprar nesse momento ao invés de esperar a crise passar para poder voltar a consumir.

– Explorar novos canais de comunicação.

Seu produto pode ser vendido online? Existe uma forma de oferecer aos seus clientes o serviço através das plataformas digitais? Crie e explore de novos canais de comunicação.

Chegou o momento de ativar o atendimento por WhatsApp ou através do Instagram, Facebook, LinkedIn, marketplaces ou qualquer outro meio de comunicação que você utilizar.

Se o cliente não pode ir até a sua loja, sua loja pode ir até o cliente.

– Parcerias B2B e B2C.

Se atualmente você vende seus produtos ou serviços para clientes pessoa física (B2C), cabe pensar e considerar se existe uma forma criativa de oferecer esses mesmos produtos ou serviços para clientes pessoa jurídica (B2B)?

Por outro prisma: se atualmente você vendo seus produtos ou serviços para pessoas jurídicas (B2B), existe uma forma de oferece-los também para pessoas físicas (B2C)?

Importante pensar e considerar se existe a oportunidade de agregar algum serviço ao produto que você vende atualmente; ou se existe a oportunidade de agregar algum produto ao serviço que você oferece atualmente.

Criatividade é a chave.

– Explorar novos públicos e novos mercados.

Por mais que tenhamos passado por momentos de crise com fortes oscilações econômicas, o cenário que enfrentamos atualmente não tem precedentes. Ao longo dos últimos anos, muitas empresas se acomodaram no tocante ao olhar para a criação de novos produtos e para a exploração de novos mercados.

Definitivamente chegou o momento de se perguntar:

  • Qual público-alvo enxerga ou pode enxergar valor no produto ou serviço que entrego atualmente? O desafio proposto aqui é que você encontre novos grupos de pessoas, com características e comportamentos semelhantes, que tenham interesse em utilizar seu produto ou serviço para resolver um problema e conquistar sucesso.
  • Uma vez que conheço bem meu público-alvo, quais outros produtos ou serviços sou capaz de entregar para agregar valor às suas jornadas e ajudá-los no alcance de um objetivo?

Momentos de mudanças pedem ações diferentes.

Esteja atento a oportunidade de novos públicos e mercados. Comece, por exemplo, oferecendo cupons para clientes que não conhecem sua marca, oferecendo condições exclusivas para aqueles são seus parceiros de longa data, e mesmo criando elos e consumindo produtos e serviços do comércio local.

E por fim, esteja sempre atento: o comportamento dos clientes está em intensa transformação e o cliente de hoje jamais voltará a ser o mesmo da semana passada.

Sempre há um plano b

Se você atualmente é líder de uma empresa, chegou a hora de se perguntar: Qual é meu o Plano B?

O mundo está virando de cabeça para baixo e o que conhecemos hoje já não é mais o que conhecíamos na semana passada. A forma de trabalho mudou, os relacionamentos mudaram, a forma de cumprimentar uma pessoa querida mudou, nosso comportamento em casa e nas ruas mudou. Tudo isso fará (já faz na verdade) com que os hábitos e prioridades de consumo das pessoas também mudem.

São intensas as transformações do nosso tempo, que carregam consigo angústias, ansiedades, medos, mas também oportunidades. Vamos, então, nos agarrar à última sabendo que uma coisa é certa: vai passar!

E quando passar, seremos melhores, mais unidos e mais fortes do que somos atualmente.

 

 

FONTE: arquivei.com.br

SPS Group

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